Quem viu o filme ou leu o livro, ou ambos, sabe do que escrevo.
Só agora falo dele. Acho até curioso!, outrora, fazia-me sentir como se tivesse um nó na garganta. Contudo, o " O Lado Selvagem" ultimamente tem surgido em conversas amenas com P., sem que sinta a respiração forçada e dolorosa.
Vi-o no King, numa das fases mais difíceis da minha vida, ao sair da sala, chorei compulsivamente, sem conseguir pronunciar uma única palavra. Foi cortante, angustiante!
"Desejava movimento e não um calmo percurso da existência. Desejava excitação e perigo e a oportunidade de me sacrificar pelo meu amor. Sentia em mim um transbordar de energia que não encontrava escape na nossa vida calma."
LEV TOLSTÓI
Passagem sublinhada num dos livros encontrados junto dos restos mortais de Chris McCandless."Não se pode negar... que ser livre sempre nos arrebatou. Nas nossas mentes está associado com o escapar à história e à opressão e à lei e às obrigações entediantes, com absoluta liberdade, e a estrada sempre apontou para o oeste."
WALLACE STEGNER
The American West as Living Space
3 comentários:
Talvez o ser livre passe, precisamente, por conseguir a respiração não forçada nem dolorosa…
Conversas amenas? Ó valha-nos deus…
Ser-se livre é mais que conseguir-se que a respiração não seja forçada nem dolorosa!
A liberdade está no espírito, nas potências interiores. Talvez, para muitos ser-se livre é aproveitar a vida de qualquer forma, sem regras, sem normas, sem ética, tal qual como no filme que acabei de ver (Woodstock Music & Art Fair) para outros, talvez, ser-se livre seja ter domínio sobre si. Conversas amenas!, pois claro, no sentido de serem agradáveis,... tão agradáveis que a ansiedade ficou esquecida. Ó valha-nos deus...Era um elogio!
Eu disse passe por... não disse que era só isso! ;) Lamento não ter reconhecido o elogio..há dias em que a perspicácia fica enterrada sob temores maiores.
um beijo e um bom domingo
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