quarta-feira, 28 de outubro de 2009

GRITO - amália hoje



Vozes: Fernando Ribeiro, Sónia Tavares

sábado, 17 de outubro de 2009

draft

Caro Dr. Olivar Sacks que se passa com este mundo? que se passa comigo? Tenho medo! estarei a tornar-me num Nathaniel Ayers?

Palavras, palavras, palavras, desmesura de palavras sem sentido, verdadeiras diarreias mentais. Os convencidos da vida, opinam sobre tudo, têm teorias sobre tudo, convencidos da sua excelência, ouvem-se, falam, falam, falam, falam... a auto-estrada está cada vez mais perigosa, nem dão conta, atropelam-se sistematicamente, são uns verdadeiros autistas, tenho de sair dali.... a minha cela é o sítio mais seguro... de vez em quando, lá vêm eles,... os convencidos da vida, querendo invadir-me, querendo sentirem-se presos a mim, à minha cela, sabem lá o que querem,... a estadia não é para todos ... a cela é minha, foda-se... também querem invadir aquilo que supostamente é mau??? falam, falam, falam, falam, sem terem consciência do que estão a provocar,… já não oiço nada, não me interessa, oh, estimado Hermann Hesse, estimado companheiro de viagem, só tu sabes o que me vai na alma…

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Sonho curioso

Hoje sonhei que estava presa, literalmente presa, encontrava-me numa daquelas prisões antigas, com segurança máxima, tal qual, como no romance de Alexandre Dumas em "O Conde de Monte Cristo". E, pior, senti que já lá estava há pelo menos 4 anos. Vai-se lá perceber porquê. A nossa mente, é realmente fantástica! Comigo havia alguém, sem forma, nem rosto, e era com esse alguém que conversava. Dizia-lhe: " - Sinto-me livre"... esta afirmação, é no minimo curiosa e incongruente, como é que alguém estando preso pode sentir-se livre? ... ainda em análise...

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

António Variações - Estou além



Ah, António como te compreendo!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Lisa Ekdahl - Sings Salvadore Poe - UMA HISTÓRIA DE AMOR



Existem músicas que ficam para sempre na nossa caixinha mágica. Esta é sem dúvida uma delas. Ouvimo-la vezes sem conta. Assim como tu, é delicada e doce. Quando a oiço, fecho os olhos, e relembro o dia em que nos conhecemos. Sorrio. E sinto uma nostalgia sem fim.

Já lá vão nove anos. Na altura morava num “Águas Furtadas” no bairro de Santa Catarina, com dois amigos. O apartamento era antigo, daqueles com histórias impregnadas nas paredes. Vivia-se um ambiente muito tranquilo. No meu quarto havia uma escrivaninha. E era lá que passava grande parte do meu tempo. Na altura estudava para o exame de Psicologia.
Certo dia, numa tarde, final de verão, oiço o telefone tocar. Era N. a convidar-me para um café na esplanada do miradouro. Recusei. Motivo: estudar. Ele insiste. Diz-me que está contigo. Fui, sem mais nem porquês, fui. Sinto os teus olhos, escondidos pelos óculos, observam-me, intrigados, possivelmente com a figura. Na altura ainda mais alternativa que hoje.

Sorrio… foi ali mesmo, sob a barba esquálida do Adamastor (escultura de Júlio Vaz Júnior) que se deu inicio a um amor que nunca pensei que fosse possível viver. Hoje, mais madura que ontem, sinto-me feliz. Porque hoje, sei que fui uma privilegiada.

Obrigada.

domingo, 4 de outubro de 2009

Koop Island Blue



"Escrevo, triste, no meu quarto quieto, sozinho como sempre tenho sido, sozinho como sempre serei. E penso se a minha voz, aparentemente tão pouca coisa, não encarna a substância de milhares de vozes, a fome de dizerem-se de milhares de vidas, a paciência de milhões de almas submissas como a minha ao destino quotidiano, ao sonho inútil, à esperança sem vestígios. Nestes momentos meu coração pulsa mais alto por minha consciência dele. Vivo mais porque vivo maior." ...

... "A solidão desola-me; a companhia oprime-me. A presença de outra pessoa descaminha-me os pensamentos; sonho a sua presença com uma distracção especial, que toda a minha atenção analítica não consegue definir."



Fernando Pessoa - Livro do desassossego

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Into the Wild



Quem viu o filme ou leu o livro, ou ambos, sabe do que escrevo.

Só agora falo dele. Acho até curioso!, outrora, fazia-me sentir como se tivesse um nó na garganta. Contudo, o " O Lado Selvagem" ultimamente tem surgido em conversas amenas com P.,  sem que sinta a respiração forçada e dolorosa.
Vi-o no King, numa das fases mais difíceis da minha vida, ao sair da sala, chorei compulsivamente, sem conseguir pronunciar uma única palavra. Foi cortante, angustiante!

"Desejava movimento e não um calmo percurso da existência. Desejava excitação e perigo e a oportunidade de me sacrificar pelo meu amor. Sentia em mim um transbordar de energia que não encontrava escape na nossa vida calma."
LEV  TOLSTÓI
Passagem sublinhada num dos livros encontrados junto dos restos mortais de Chris McCandless.

"Não se pode negar... que ser livre sempre nos arrebatou. Nas nossas mentes está associado com o escapar à história e à opressão e à lei e às obrigações entediantes, com absoluta liberdade, e a estrada sempre apontou para o oeste."
WALLACE STEGNER
The American West as Living Space

how it feels to be free



Captaste bem a força indomável do meu espírito nómada.
Obrigada!