quarta-feira, 27 de junho de 2007

Amar-te-ei para sempre meu amor

És demasiadamente importante para mim. Por isso me fui. Não estou com ninguém, não me interessei por ninguém, não conheci ninguém. Apenas fui..., estava uma vez mais a estragar tudo. não sei o que tenho, sinto uma tristeza interior enorme. Não me apetece absolutamente nada. Tudo à minha volta é feio. Apetece-me chorar a todo o momento, apesar de não o conseguir fazer.
E tudo o que menos precisas é de uma pessoa assim a teu lado....

Não consegui terminar a tela a tempo, a exposição será no dia 3, e, nada fiz. Odeio-me. Faço tudo mal.

terça-feira, 19 de junho de 2007

"Morreste-me"


E, no final, sem pronunciar palavra, "disse": "Morreste-me". FIM

Para quem conhece José Luis Peixoto, sabe que "Morreste-me", trata-se do livro em homenagem ao seu falecido pai.
O seu mais recente trabalho intitula-se "Cemitério dos Pianos" Fiquei apaixonada pela sua forma de escrever, apaixonante, de escrita densa e compassada, cheia de sensações e sentimento, tratando-se de um admirável narrador português.

E, no final, sem pronunciar quase palavra, "disse": "Morreste-me": "- obrigada por me dares a conhecer este autor, é realmente muito bom. Li-o na hora H". (18.06.07)

Contando a história:
No dia 08 de Junho de 2007, pelas 21:00, fomos até ao teatro S. Luiz ver "QUANDO O INVERNO CHEGAR", em que faço referência na anterior publicação. Iso para dizer, a propósito, o texto desta peça é precisamente do escritor José Luis Peixoto, falei-lhe tão bem dele, que emprestei-lhe o livro "Morreste-me"

domingo, 17 de junho de 2007

Quando o inverno chegar

A meio do Outono, encontramos três homens num Sanatório para doentes com doenças respiratórias, nas montanhas. Na realidade, acaba por ser um lugar onde homens de famílias ricas e abastadas são deixados pela família. Existe ali um cemitério (testemunho físico daqueles que nunca chegaram a sair dali), um jardim e a floresta.
Durante o inverno, os homens – trata-se de um sanatório exclusivamente masculino – são obrigados pelas regras do local, estritamente mantidas por freiras, a permanecer dentro de casa. Durante temporadas aborrecem-se de morte naquele local e fantasiam bastante sobre a sua vida passada e futura longe dali. Quando o tempo melhora, podem finalmente passear pela floresta.
Paralelamente à melhoria do tempo, observamos a vida de Lena que, há varias semanas, caminha pela floresta em busca do seu marido que ela julga desaparecido, mas que rapidamente nos apercebemos que fugiu dela. Lena é destemida. Só essa coragem quase inumana explica que se tenha posto a caminho, no fim da gravidez, sem certezas, procurando o marido (Lucas) na montanha. Ao fim de várias semanas de estrada, desesperada, Lena irá tentar enforcar-se na floresta. Lena não quer pôr aquela criança no mundo sem um pai. Os três homens do sanatório irão salvá-la.
Os homens vão tomar conta desta rapariga e escondê-la numa estufa abandonada. Ao
mesmo tempo, vão redescobrir a vida de que, lentamente, desistiram e vão redescobrir os seus próprios sentimentos, coragem e verdade. Desta forma, a personalidade dos três homens e de Lena acaba por revelar-se para lá da superfície mais imediata. Ficamos a conhecer os seus segredos, as suas forças e as suas fraquezas.

Ficha artística

Texto José Luis Peixoto
Encenação Marco Martins
Dramaturgia Marco Martins, Nuno Lopes, Beatriz Batarda, Dinarte Branco, Gonçalo Waddington

Música original Pedro Moreira
Direcção Musical Pedro Moreira
Cenografia João Mendes Ribeiro
Figurinos Adriana Molder
Desenho Luz Nuno Meira
Voz e Elocução Luís Madureira

Interpretação Beatriz Batarda, Dinarte Branco, Gonçalo Waddington, Nuno Lopes

Músicos
Carla Simões voz
Andreia Marques /Ana Isabel Dias harpa
Luís Gomes / Ana Rita Pratas clarinete baixo
Otto Pereira / Liviu Scripcaru violino
Paulo Pacheco piano
Pedro Moreira saxofone

Fotografia André Príncipe

SNBA - "As minhas aulas de pintura" - Modelo nú II