sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

"Encontros e Desencontros"




Preciso de me encontrar…

Mas,…encontrar-me, percorrer um caminho que me leva onde? a que resposta?, quem me informa se a resposta está certa ou errada?

Caminhos percorridos, a roçar a alucinação, o desespero de encontrar as malvadas respostas adequadas ao meu comportamento desajustado.

E, de repente, … A meio desta jornada, pela procura desesperada e constante das respostas às minhas perguntas, acontece, o que não poderia ter acontecido, aos olhos de muitos, (serão eles que têm a resposta?), mas aos nossos olhos, naquele momento fez todo o sentido… foi simplesmente o reencontro de duas almas que se conhecem e reconhecem…

Seriam 3 da manhã?!, sim, julgo que sim, dia 19 de Novembro, dia frio, sombrio, cinzento, numa das mais antigas casas das "vidas" da capital. Eu reencontrei o amor da minha vida, a pessoa que mais amei, e amo, a minha alma gémea, reencontrei alguém que sei que não posso “ter”, que não poderei amar. Trago essa noite comigo, acompanha-me, sossega-me a alma, aquece o meu triste coração. Foi tão mágico, tão bom, tão puro, tão cheio de amor,... de repente aquele local sombrio, cinzento, roçando a decadência humana, tornou-se, tão belo, tão cheio de alegria, diria mesmo resplandecente, ... foi como num daqueles testes de fotografia, que aprendeste no Arco, congelássemos a imagem, e somente nós estivéssemos em movimento, … as nossas almas dançaram, deram as mãos, olharam-se, reconheceram-se, contudo sabiam que seria por pouco, pois o caminho a percorrer não seria esse, pois alguém nos disse que as respostas a procurar não estariam aí. Alguém nos disse que, esse não seria o caminho correcto, pois o nosso relacionamento seria bipolar, … infelizmente connosco só existe o paraíso ou o inferno. ambos sabemos que o caminho não é esse...

Qual será?

Porquê estes encontros e desencontros? Teremos que tirar mensagens daí, porquê de forma tão cruel, …

Que vazia me senti, … quando me fugiste, … meti a chave no carro, entrei, o silêncio invadiu-me novamente a alma, completamente só, ali…, lágrimas percorreram o meu rosto, e lá fui eu, percorrendo novamente um caminho, retomando a minha jornada em buscas de respostas.

Eu pergunto: “que resposta tirei eu daqui?”

Hoje, dia 26 de Novembro, 7:40, escrevo estas linhas, com lágrimas no rosto.

Porque fui, contra o destino, à tua procura, e não estavas lá.
Eu pergunto: “que resposta tirei eu daqui?”


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