quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Efemeridades

Tudo é efémero e ainda bem! A palavra “sempre”, sempre me assustou. A necessidade de ter tempo para pensar no próprio tempo inquieta-me. A felicidade, essa, assusta-me. E se fosse eterna?! Nem ouso pensar… são bons e necessários os momentos de tristeza! Deixo sempre nas minhas obras algo que denúncia continuidade. Mas afinal assustar-me-á o ponto final?! Tudo me assusta. Fico escondida em mim, às voltas no meu âmago… no entanto, espreito a vida lá fora, observo escondida, mas atenta... tudo é efémero e ainda bem! Reticências. Só se compreende o compreensível. O infitito universo é-nos incompreensível.

4 comentários:

Anónimo disse...

Se me permites, tenho lido as tuas notas e são um verdadeiro desassosego que me impressionam! Como pode alguém estar em permanente tristeza, angústia, inquietação??! Como se pode viver uma vida, que deveria ser supostamente vivida de forma positiva, encarando as dificuldades e aprendendo com elas, e insistir na sua própria desmoralização?! Insistir num pensamento negativo é péssimo!
Porque não acreditas em ti, no que vales, no que podes, no que consegues e pões de lado esses pensamentos efémeros (esses sim, são efémeros) que não te deixam avançar! What a waste...
Que 2010 te traga ventos de mudança!

Rita T.

Anónimo disse...

Percebi no "esclarecimento" um certo mal-estar que não pretendia, DE TODO, criar! Quem sou eu afinal para dizer a quem quer que seja o que quer que seja?! Se tal foi o caso, as minhas desculpas pois foi um desabafo espontâneo ao que li. Possivelmente fui longe demais. Não nos conhecemos na verdade, porque provavelmente e como dizes és de outra forma que estas notas fazem ler. Ainda bem! Apraz-me saber, sinceramente.

maria disse...

Não criou mal-estar, acredite. Apenas achei necessário o esclarecimento, até porque não é a primeira pessoa a fazer esse tipo de observação. Resta-me desejar-lhe umas boas festas. :-)
Maria.

Anónimo disse...

A palavra "efémero" assusta-me mais do que a palavra "sempre". Parece que logo no início tudo está condenado. E não tem de ser assim. O sempre não é é uma sentença, não é uma condenação. Poderá ser um estado de graça, permanente ou não. Os momentos de tristeza só são necessários para valorizarmos os bons momentos, a tão difamada felicidade. Nem sempre apreendemos o compreensível e o infinito pode ser inconscientemente cognoscível. E depois temos a parte empírica, essa desconhecida...